A deputada estadual Ana Lúcia (PT) descartou o conselho do deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) de sair do PT, mas frisou que se um dia cogitar esta hipótese, não seguirá os passos da senadora Marina Silva, ex-petista e nova filiada do Partido Verde. "Respeito muito a companheira Marina, mas se eu sair do Partido dos Trabalhadores será para ir a um partido de esquerda e não para um partido que faz coligação com a direita, como é o caso do PV".
Ana Lúcia observou que, diferente do que pensa Venâncio, o veto à emenda do Magistério feita por ela não demonstra nenhum tipo de marcação do governo à sua pessoa. De acordo com a deputada, ocorreu apenas um equívoco de orientação.
"Eu fiz a consulta e fui orientada pelo nosso líder (do governo na Assembleia, Francisco Gualberto) a fazer as emenda. Mas, infelizmente, uma delas, a do Piso, foi vetada", disse. E, conformada, completou: "é assim mesmo. Todo governo tem equívocos. Mesmo vendo os conflitos e contradições, continuo tendo uma perspectiva de superação".
O governo alegou que houve um erro de iniciativa. E que na verdade, o projeto deveria partir do executivo e não do legislativo. Entretanto, segundo a deputada, a Secretaria de Estado da Fazenda assumiu o compromisso com Sintese de enviar uma emenda acentuando que em janeiro de 2010 os professores receberão o reajuste do Piso Salarial.
"As demais emendas que eu apresentei, reajustando as gratificações que passam a ser nominais, foram aprovadas. Não usaremos mais nenhuma gratificação para chegar aos R$950. Precisamos manter o patamar de vida dos professores previsto no Piso", destacou Ana Lúcia.
Raíssa Cruz/Universo Político
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