O Kennel Clube de Sergipe, fundado em 28 de novembro de 1986, corre o risco de acabar. O Clube é responsável pelo registro de animais (pedigree) e pela realização de eventos com cães de raça como feiras, exposições, workshops e outras.
A situação é crítica e o Clube encontra-se atolado em dívidas. Um criador de cão, ex-sócio do Clube, disse que existem desvios de verbas e que muitos sócios já saíram em virtude da desorganização e dos escândalos que envolvem alguns dirigentes. “Em 2005 o Clube tinha uma diretoria competente. Na época o clube teve um avanço de mais de 40% ao ano e não existiam dívidas, além de estar em dia com a CBKC. Eram realizados vários eventos e o Kennel era bem divulgado. Os sócios eram respeitados e os pedigrees eram entregues no prazo. O que presenciamos hoje no Clube é uma falta de respeito, uma vergonha para o nosso Estado”, desabafou o ex-sócio que preferiu não se identificar.
O ex-presidente Ricardo Resende, que assumiu o Clube em 2005, disse que renunciou ao cargo em 2007 por não concordar com os posicionamentos de alguns sócios. “Deixei o Kennel sem dívidas e em dia com as obrigações. Quem assumiu na época foi o meu vice Ramiro Duarte e de lá pra cá não me envolvi mais com o Clube”, declarou Ricardo.
A situação do Kennel se resume em dívidas e processo de cobrança de pedigrees. “Existem comentários de que o Clube deve mais de 100 pedigrees e a dívida com processos trabalhistas e outros chega em torno de R$ 30 mil, além de cheques sem fundos e taxas da CBKC”, declarou um dos sócios.
Segundo informações de sócios, na gestão de Ricardo Resende, o Kannel possuía site, realizava feiras de filhotes, exposições e estava em dia com os registros de pedigrees, mas a situação atual não vem agradando muitos que decidiram procurar clubes em outros estados. “Hoje o que presenciamos é um descaso, verdadeiro abandono do Clube, por isso muitos estão deixando para ir para outros clubes mais organizados”, reclamou.
Conforme dados de um dos sócios, em 2004 o Kennel registrou 225 pedigrees. Em 2005, na administração do ex-presidente Ricardo Resende, houve um crescimento de 40%, totalizando 346 pedigrees. Já em 2008, o índice foi de apenas 188 (de abril a dezembro) pedigrees, que somados aos 180 (de janeiro a março) deixados pela administração de Ricardo Resende, totaliza em 368, e vergonhosamente o Kennel apenas registrou 188 pedigrees em 2008, uma queda assombrosa. “Muitos sócios já estão migrando para clubes em outros estados. Eles não têm esperança de que o Clube sairá dessa situação tão cedo e já prevêem a falência” finalizou o ex- sócio.
Ótima notícia!
ResponderExcluirEsse é o fim que eu desejo a todas as organizações que tratam os animais
como objetos que devem ser expostos, vendidos, etc.
Animais não são produtos e a existência de clubes desse tipo é uma
abominação.
Enquanto existem milhões de caninos e felinos precisando de um lar, os
Kennel fazem vista grossa e investem em uma eugenia animal, os fazendo
reproduzir, visando apenas o lucro e a satisfação pessoal.
Que mais Kennel Clubes fechem no Brasil e no mundo.
Os animais não precisam desse tipo de "amor".
Att,
Breno Guimarães.
Vegano;
Ativista pelos Direitos Animais;
e Membro do Grupo de Estudos em Ética Animal.