O deputado José Carlos Machado (DEM) criticou na tarde de hoje, no plenário da Câmara, a proposta de diminuição da vazão do Rio São Francisco, que hoje é de 1.300 metros cúbicos por segundo, para 700 metros cúbicos por segundo a partir da barragem de Sobradinho. O projeto está em tramitação no Comitê de Monitoramento do Setor elétrico (CMSE), órgão presidido pelo Ministro de Minas e Energia Edison Lobão. O objetivo é o de facilitar a economia de água da barragem de Sobradinho em períodos de seca, ou de dar uso ao crescente parque de geração termelétrico da região.
“Isso é mais um grande absurdo proposto por esse governo. Querem economizar água para a geração de energia às custas do sofrimento da população ribeirinha. Volto a destacar que a água é um dos mais importantes elementos da natureza. Para o homem ela se reveste de um caráter de imprescindibilidade, pois, sem a presença de água, não há vida. Com essa vazão mínima de 1.300 metros cúbicos por segundo a cunha salina já permite hoje que se pesquem peixes de alto mar a 40 ou 50 quilômetros da foz. É um dano ao meio ambiente”, disse Machado.
O democrata acrescentou que “faço um alerta, principalmente, para o governador Marcelo Déda, pois Vossa Excelência foi informado sobre essa possibilidade e até o presente momento não se manifestou contrariamente à morte definitiva do Rio São Francisco. Geração de energia é importante, mas isso não pode se sobrepor ao valor da vida humana, dependente do rio São Francisco, que se encontra ameaçada pelas baixas vazões liberadas por aqueles reservatórios”.
Machado lembrou também da falta de empenho do governo para tocar as obras de revitalização do Rio São Francisco. “Fala-se muito em revitalização, mas segundo os dados atualizados, dos quase 500 milhões de reais que constam no Orçamento de 2009 para obras de revitalização, menos 20% foram empenhados até esta data. Foram gastos muito menos dos 20%, o que mostra, de forma muito clara, que o Governo do Presidente Lula ,lamentavelmente, não tem compromisso com a revitalização do Rio São Francisco. O que ele quer é, com a obra de transposição, acabar com o Rio” assegurou.
Da Assessoria
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