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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Presos da "Operação Arremate" têm direito a celular e tratamento vip no Cope

O deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) denunciou, na manhã desta segunda-fera, dia 9, que três das dezesseis pessoas que foram presas durante a chama "Operação Arremate", colocada em prática pela Polícia Federal na semana passada, estão gozando de mordomias no Cope da Polícia Civil - onde estão presos. O deputado salientou que, provavelmente, o secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, não tem conhecimento das regalias.
"A responsabilidade é minha: estão tendo mordomias, Geraldo da Zelar, Ângelo Ernesto e um advogado. Eles dispõem de celular, além de estarem em sala especial, porque se trata de prisão especial prevista na legislação, recebem visitas continuadas, comem do bom e do melhor. E têm tratamento vip. O tratamento que estão dando aos três presos transcendem os limites da prisão especial. É preciso que haja uma apuração da Procuradoria da República, já que as prisões são decorrentes de um inquérito aberto no Ministério Público Federal. Qual o apadrinhamento que está sendo dado? Aqui (Sergipe) há prisões e prisões. Tratamento diferenciado", denunciou.
Antecipando uma possível crítica à sua postura de denunciar as regalias dos três presos, o deputado pontuou que alguém pode indagá-lo sobre a sua vontade pessoal de ver os internos sofrendo no xadrez do Cope. E demonstrou estar bem mais preocupado com as sequelas deixadas pelos supostos erros dos acusados. "Eu não estou preocupado com eles. O garantismo que defendo não é para os acusados: é para as suas vítimas", disse o parlamentar.
Gilmar revelou que esteve em um bairro de Aracaju, na última sexta-feira, e atestou um dos estragos feitos pela quadrilha. "Vi um casarão transformado em duas casas que foi leiloado num destes leilões que estes fraudadores participaram. O casarão está avaliado em mais de R$ 280 mil. Mas um destes leilões, levou este casarão por R$ 26 mil. Então, o garantismo que defendo é o das vítimas. Para que se tenha uma ideia de como eles roubaram, passaram a mão, vi este casarão. O dono não sabe nem quem levou o leilão. Coisa de ladrão. De marginal. Não diria que todos os que estão presos são marginais. Mesmo porque, não há nem ação penal ainda. Mas os que participaram desta quadrilha são marginais. São ladrões", definiu.
Segundo o deputado, há outras pessoas envolvidas no esquema que ainda não foram presas. "Muito provavelmente havia (mais) gente envolvida. Não tenho dúvida. Porque este pessoal não agiria assim com tanta facilidade apenas e tão somente com a participação daqueles que estão presos. Será que na Justiça ninguém percebia isso não? Ninguém desconfiava não? Os valores tão irrisórios praticados nestes leilões. Ninguém na Justiça desconfiava? E é banda voou, é?", indagou sem entender os motivos que justificam os três acusados não estarem na penitenciária. "O que é que eles têm que outras pessoas não têm? É tão especial que nem parece prisão", afirmou. (Por Joedson Telles – universopolitico.com)
 

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