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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Desalojados ficam sem água e impedem corte de energia

As pessoas que perderam seus barracos nas Invasões Água Fina, Orlinha e Preol  do Bairro Santa Maria e que estão alojadas nos galpões dos Bairros Centro e Santos Dumont  reclamam do abandono e da falta de sensibilidade da Prefeitura de Aracaju. Além da precária situação do local, os desalojados têm que conviver sem água.

“A Deso esteve aqui ontem e cortou a água alegando débitos. A nossa situação já é crítica e sem água vai ficou pior, pois estamos vegetando e vivendo como indigentes. Eles sequer pensam nas nossas crianças que são maioria e que estão ficando doente em virtude do local insalubre”, indigna-se Noêmia Mendonça Vilma, do Galpão do Santos Dumont.

Já no Galpão do Centro a situação é a mesma. Ontem (6) a empresa Energisa foi cortar a energia alegando cinco meses de débito, mas os moradores impediram que os funcionários fizessem o corte. “Estamos esquecidos pela Secretaria Municipal de Ação Social que só mandou entregar uma cesta básica e um colchão e até hoje não deram as caras. Não deixamos que cortasse a energia para não piorar a situação, mas não sabemos até quando podemos segurar, pois eles querem vencer a gente pelo cansaço”, se emociona Adriano Vital Lima dos Santos, do Galpão Centro.

Ação Civil Pública - A Defensoria Pública do Estado, por intermédio dos Núcleos de Direitos Humanos e Movimento de Bairros ajuizou Ação Civil Pública em prol dos desabrigados. Na ação, postula-se a concessão de auxílio moradia na forma da Lei Municipal 3873/2010 para pessoas que ocupam galpões, como também aos desabrigados que já possuem cadastros na Prefeitura de Aracaju, mas que ainda não receberam qualquer assistência do poder público. Segundo o defensor público, Alfredo Carlos Nikolaus, a Defensoria está aguardando a decisão do pedido de liminar que provavelmente sai nesses dias.

Campanha Solidária – O Centro Integrado de Atendimento Psicossocial (CIAPS) da Defensoria Pública vem promovendo uma campanha para arrecadar alimentos não perecíveis, vestuário, frauda e água mineral para essas famílias. “Já arrecadamos muitos alimentos, água e roupas que serão entregues na próxima semana. A campanha encerra hoje, mas iremos dar continuidade para minimizar o sofrimento dessas famílias”, disse a assistente social, Maria das Graças Ribeiro.

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