Ezio Prata |
Aprendizagem disponível sempre que solicitada, em qualquer hora e qualquer lugar; conteúdo desenvolvido com base em competências básicas do ambiente de negócios e um público alvo composto por funcionários, clientes e fornecedores. Essas são apenas algumas das vantagens oferecidas pelo conceito Universidade Corporativa (UC), um tema que vem sendo amplamente analisado por empresas estaduais de Tecnologia da Informação após palestra do analista de sistemas da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), Mário Andrade.
A palestra foi proferida em Aracaju (SE), no último mês de março, durante a 89ª Reunião do Fórum de Diretores Administrativos e Financeiros (89ª RFDAFs) da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep). Porém, a repercussão do tema levantado pelo analista de sistemas da Emgetis foi tamanha que diversas empresas públicas de TI instaladas pelo Brasil têm mantido contato com a Emgetis para partilhar uma forma de capacitação contínua de funcionários, fornecedores, clientes e comunidade através da aprendizagem organizacional.
De acordo com Mário Andrade, da Emgetis, o resultado almejado pela Universidade Corporativa é a melhoria do desempenho do trabalho, e não apenas a aquisição de conhecimento. “A Universidade Corporativa é um grande aparato para capacitar as pessoas de forma contínua, e a sua gestão é baseada na gestão do conhecimento. Uma das sugestões que apresentei durante a 89ª RFDAFs foi a concretização da Uniabep, o que faria com que todas essas empresas estaduais de TI, filiadas à Abep, compartilhassem um ambiente único de aprendizagem, com cursos e aquisição de conhecimentos para melhorar também o atendimento ao cliente”, detalha.
Repercussão
A Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) é uma das apoiadoras da ideia, conforme relata o seu diretor Administrativo e Financeiro, Rosalino Mello. “Como conceito, essa iniciativa é uma excelente proposta. Temos várias possibilidades de melhorar a gestão: treinamentos e capacitações, aquisição de vagas e outras ações que poderiam ser consideradas, otimizando custos com ganhos de escala, além de uma riquíssima troca de experiência entre todas as áreas de gestão”, afirma.
“Sabemos que a caminhada para a constituição e consolidação de um projeto como a Universidade Corporativa é longo e cheio de percalços, mas a disposição de percorrer este caminho é o que move a Procergs a encampar este desafio”, complementa Rosalino Mello.
Outro Estado que vem mantendo contato com a Emgetis pensando em concretizar a Uniabep é Minas Gerais, representado por Nathan Lerman, Diretor de Gestão Empresarial da Companhia de TI do Estado de MG (Prodemge). “A Prodemge já trabalha com o conceito de Universidade Corporativa. O nosso foco prioritário é o desenvolvimento da empresa, dos nossos recursos internos, mas também treinamos clientes para trabalharem com aplicativos específicos desenvolvidos pela Companhia. No entanto, a ideia da implantação da Uniabep vai além disso. Ela partilharia soluções entre diversas empresas, o que seria capaz de trazer ganhos significativos para todos, inclusive em termos econômicos”, pontua Nathan.
Para o diretor presidente da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), Ézio Prata Faro, a iniciativa do analista de sistemas Mário Andrade quando apresentou o tema Universidade Corporativa na 89ª RFDAFs propiciou vantagens para Sergipe. “A maioria das empresas públicas de TI têm a necessidade de desenvolver competências específicas, não ofertadas pela academia, o que é possível com a Universidade Corporativa. A abordagem desse tema pela Emgetis proporcionou um amplo debate entre essas empresas estaduais, o que pode resultar em um trabalho que possibilite capacitar um grande contingente de servidores a custos mais baixos por meio de tecnologias de comunicação”, enfatiza.
Universidade Corporativa
Entre os objetivos a serem cumpridos pela Universidade Corporativa para o serviço público estão promover a valorização e desenvolvimento do servidor; fortalecer as organizações; elevar os níveis de qualidade, eficiência, eficácia e efetividade dos serviços prestados; consolidar conhecimentos, habilidades e atitudes e potencializar a motivação, comprometimento e capacidade de trabalho.
Além disso, o modelo é capaz de racionalizar e tornar mais efetivos os investimentos em capacitação pelo Governo e promover a inclusão digital e social dos servidores. A proposta tem como base um corpo docente formado por executivos, funcionários, professores e consultores, que trabalham em um processo contínuo para solucionar problemas empresariais reais e melhorar o desempenho no trabalho.
Da Assessoria
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