Superprodução patrocinada pela Petrobrás e idealizada pelo Ministério Público tem produção do Institutos Canarinhos e direção Geral da atriz e bailarina Tetê Nahas. No elenco, 110 crianças e adolescentes em situação de risco de nove casas de acolhimento da capital.
Na próxima sexta feira, 17, as 19h00, o Teatro Tobias Barreto receberá todo o enquanto e magia de uma das histórias infantis mais conhecidas do mundo. “Os Saltimbancos” é um musical infantil com letras de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov, com versão em português de Chico Buarque. A história é inspirada no conto “Os músicos de Bremen” dos irmãos Grimm.
Na próxima sexta feira, 17, as 19h00, o Teatro Tobias Barreto receberá todo o enquanto e magia de uma das histórias infantis mais conhecidas do mundo. “Os Saltimbancos” é um musical infantil com letras de Sergio Bardotti e música de Luis Enríquez Bacalov, com versão em português de Chico Buarque. A história é inspirada no conto “Os músicos de Bremen” dos irmãos Grimm.
A versão apresentada no Teatro Tobias Barreto é uma superprodução da Petrobrás, Ministério Público Estadual e Instituto Canarinhos com direção geral da atriz e bailarina Tetê Nahas “Este não é qualquer espetáculo, mas uma obra especial, por reunir no elenco 110 crianças e adolescentes vulneráveis assistidos por 9 casas de acolhimento da capital( CEO, Casa Santa Zita, Oratório de Bebé, Lar Infantil Cristo Redentor, Casa de Acolhimento Caçula Barreto, Lar Meninos de Santo Antonio, Casa de Acolhimento Izabel Abreu, Projeto Esperança e Nova Vida). Estes alunos receberam aulas de teatro, dança e música e agora mostram a sociedade o que sabem, cantando, dançando e atuando, com figurinos e cenários impecáveis” informou a artista referindo-se ao projeto Esperançarte, idealizado pelo Ministério Público Estadual, através do Núcleo de Apoio da Infancia e Juventude- Naia “ Sempre acreditei na arte como forma se envolvimento, de se projetar para a vida como cidadão, de desenvolver talentos e fazer com que estas crianças e adolescentes se sintam envolvidos. Neste projeto, durante este meses, conseguimos muitos avanços, e vamos conseguir mais. Aqui estes jovens que são alijados de diversos direitos, tornam-se protagonistas, não só dos Saltimbancos, mas da vida”, informou a coordenadora do Naia, a promotora de Justiça Miriam Tereza Cardoso Machado.
O projeto - O Esperançarte consiste em oferecer, uma vez por semana, oficinas de teatro, dança e música a 110 crianças que moram em nove casas de acolhimento da capital durante 1 ano e meio. “Este projeto recebe recursos da Petrobrás, age em parceria com várias entidades públicas e lida com atores especiais, que vivem nas casas de acolhimento entre muros e grades, em companhia apenas dos colegas de instituição e dos “cuidadores’. São meninos e meninas cheios de sonhos de liberdade, mas que merecem cuidados, diante da realidade em que vivem ou viveram e diante de um mundo que oferece liberdade de preço fácil com conseqüências caras, a marginalidade, as drogas, bebidas em excesso etc” informou a promotora de Justiça Miriam Tereza Cardoso Machado, coordenadora do Naia, do MPE/SE.
De fato, a realidade de jovens como Marcela* de 13 anos, depois do projeto é outra. A menina, vítima de maus tratos por parte da própria mãe, alimenta o sonho de ser cantora, e também se realiza dançando, mesmo tendo dificuldades de locomoção “ É um sonho, quando danço, me sinto muito alegre e feliz, o Esperançarte me deu e me dá muitas alegrias”, contou a menina que busca, desde cedo, superar as dificuldades. “Minha mãe me batia muito, me maltratava, por isso uma tia a denunciou e eu vim morar aqui na casa de Acolhimento. Eu nem andava, não ficava em pé, tive acompanhamento e hoje danço, sou muito feliz”, informou a menina que já não tem vínculos com a família. Outra jovem, a Mércia* também se surpreendeu com o resultado do projeto “Antes eu só bordava, agora eu aprendi vários passos de dança e alimento um sonho: quero ser bailarina e psicóloga”, confidenciou.
A mudança de comportamento e a motivação das alunas pelo projeto foi percebida pela coordenadora da Casa Santa Zita, a religiosa Gilvanira Neres dos Santos “ É interessante como algumas jovens que não queriam se expressar com a arte de repente demonstraram interesse e ainda se revelaram artistas. O projeto é de fato muito interessante”, diz. A opinião é compartilhada pela também religiosa Maria de Fátima Ramos, responsável pelas crianças do Oratório de Bebé “É muito bom despertar o talento destas crianças, tenho certeza que muitos nunca pensaram que isto fosse acontecer e estão, com certeza, muito felizes, elas pegaram gosto pelo teatro, pelo canto, dança e flauta” avaliou.
Parceiros - A realização do Esperançarte só foi possível graças a várias parcerias firmadas, entre as quais com a Petrobrás, que disponibilizou os recursos necessários “O Projeto Esperançarte integra uma das linhas de atuação do Programa Desenvolvimento e Cidadania, a Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente. O Programa Desenvolvimento e Cidadania representa os investimentos da Petrobras na área social, através de seleções públicas ou processos de livre escolha. O Projeto Esperançarte passou pelo processo de livre escolha, mas a sistemática de elaboração do projeto, monitoramento e avaliação é a mesma dos projetos de seleção pública. A Petrobras tem a certeza que os resultados do projeto serão modificadores para os atendidos. É o compromisso da Petrobras com ações de responsabilidade social.", informou Luiz Roberto Dantas, Gerente de Comunicação e Segurança de Informações da Petrobrás SE/AL.
O Instituto Canarinhos de Aracaju( Incase), que cuidou da produção executiva do projeto, foi um dos grandes colaboradores do projeto “ São crianças e adolescentes que até então estavam ociosos e agora estão tendo um meio de desenvolver seus talentos através da arte e das oficinas que estão sendo proporcionadas pelos professores do Esperançarte. É um desafio, mas é muito gratificante, porque hoje estamos vendo verdadeiros artistas se apresentando, seja cantando, representando ou dançando”, informou o diretor do Incase, maestro Carlos Magno do Espírito Santo.
A Fundação Renascer também colaborou com o projeto: “Para a Fundação Renascer manter esta parceria com o Naia em prol da ressocialização dos adolescentes acolhidos, e fazer este trabalho através da arte, é mais uma forte demonstração do compromisso que juntos temos para com a criança e o adolescente socialmente vulnerável. Esperamos que este belo trabalho cresça e se fortaleça e certamente colheremos bons frutos dele”, informou a diretora-presidente da Fundação Renascer, Antônia Silva Menezes.
A Fundação Municipal de Cultura e Turismo, Funcaju, vinculada a prefeitura de Aracaju cedeu o espaço da Escola Oficina de Artes Valdice Teles para a realização das oficinas. Para Daiana Azevedo, chefe de Seção de Convênios da Funcaju, o projeto garante o lazer e desenvolvimento artístico e cultural das crianças e adolescentes. "Não limitá-los ao perímetro e às atividades de suas instituições é de fundamental importância para elevar a auto-estima e fazê-los pensar em outros horizontes, influenciando suas perspectivas de futuro e fazendo com que eles usufruam do que é de direito", defende.
A Secretária de Cultura do Estado, Eloísa Galdino ressalta a parceria “O Esperançarte é uma iniciativa belíssima, que une cultura e inclusão social, e, por isso, a Secult não poderia ficar de fora. Cedemos o Centro de Criatividade, para os ensaios, e o Teatro Tobias Barreto, para a apresentação do espetáculo, além de ajudar na logística de transporte. Essa é a nossa contribuição para o projeto que leva mais alegria e dignidade às crianças e adolescentes que vivem em casas de acolhimento de Aracaju", informou. (Por Pedro Carregosa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem aqui!