Burocracia é, sem dúvida, uma das palavras que
mais atrapalha o desenvolvimento do Brasil. Para facilitar a abertura e o
fechamento de empresas, nove Juntas Comerciais brasileiras estão com um projeto
inovador, intitulado RedeSim. A Rede Nacional para Simplificação de Registro e
da Legislação de Empresas e Negócios começou em Minas Gerais, com o Minas
Fácil.
O objetivo é agilizar o processo, fornecendo
números exatos de onde estão os gargalos na abertura de uma empresa: no órgão
liberador de licença ambiental, no Corpo de Bombeiros, na Vigilância Sanitária
etc. Naquele Estado, em até oito dias o empresário já tem sua documentação
liberada para poder começar a operar sua empresa.
ViniciusMazza e RogerBarros |
Segundo o coordenador do Fórum Empresarial de
Sergipe, Roger Barros, é desta forma que se pode cobrar ações de modernização
destes Órgãos. “É necessário que se crie estrutura, pois a demora no processo
de abertura de uma empresa gera dificuldades e custos elevados aos novos
empreendedores”, informa. E foi justamente com este objetivo que Barros
convidou o presidente da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), Vinicius Mazza,
para falar aos empresários que representam o Fórum Empresarial de Sergipe sobre
a RedeSim e das atividades da Jucese.
Durante a reunião-almoço do Fórum, realizada
ontem(4), o presidente da Jucese garantiu que o sistema irá desburocratizar o
processo de abertura de uma empresa e que trará mais agilidade. “Contamos com o
apoio dos empresários para esta mudança de paradigma. A metodologia vai mudar
com a RedeSim e por isso somos parceiros do Fórum Empresarial de Sergipe. O
sistema passa a vigorar agora no mês de junho. Participamos do encontro do
Fórum para esclarecer, tirar dúvidas e que assim não seja novidade para
ninguém. A Redesim já está sendo testada em algumas empresas sergipanas”,
comenta Mazza.
“No passado, a Junta Comercial era vista como um
cartório, servindo quase que somente para autenticar livros e liberar o
contrato social. Há algum tempo já sabemos de sua importância, a exemplo da
implantação ainda neste mês de junho da RedeSim. Penso que o Fórum cumpriu seu
papel, aproximando ainda mais as entidades que compõem o desenvolvimento do
nosso Estado à Junta Comercial”, destaca Barros.
Responsabilidade Social e Empresarial
No encontro, a nova gestão do Fórum Empresarial
de Sergipe começou a reavivar seus trabalhos de responsabilidade social e
empresarial. A primeira convidada a falar de suas ações sociais aos
representantes do empresariado sergipano foi a educadora Cris Souza, fundadora
da Biblioteca Comunitária Viajando na Leitura (BCVL), localizada no bairro 18
do Forte. “Creio que a questão da leitura é uma preocupação para todos nós. Uma
criança que lê é uma criança que vai ser um futuro cidadão participativo e que
vai, de alguma forma, transformar a nossa sociedade, que tanto precisa de
mudanças”, defende a educadora.
No início eram apenas 100 livros e, em menos de
um ano já somam 5 mil livros literários, entre literatura brasileira, estrangeira,
cordéis, dentre outros. “A campanha para arrecadar livros foi encabeçada na
internet. Em seguida augamos um espaço, que era bastante frequentado pelos
jovens da comunidade, donas de casa e estudantes de escolas adjacentes.
Conseguimos manter durante um ano, mas tivemos que fechar as portas, porque o
aluguel aumentou pra R$ 500,00”, revela a educadora.
Na reunião do Fórum Empresarial de Sergipe, Cris
Souza mostrou algumas fotos e falou da importância de parceiros para que a
biblioteca comunitária não morra. “Ando com diversos livros no porta-malas do
meu carro para empréstimo, mas isso não é suficiente. A comunidade estava
acostumada ao espaço, que era uma ótima novidade”, lembra.
O empresário Jorge Santana, fundador do Fórum
Empresarial de Sergipe, participou do almoço de ontem e resgatou a história da
entidade no que tange a área de responsabilidade social e empresarial. “Quando
fui coordenador do Fórum chegamos a promover um seminário, cujo tema era
´Responsabilidade Social e Empresarial´. Trouxemos à época um representante do
Instituto Ethos, que mobiliza o empresariado sergipano em torno desta agenda.
Foi uma oportunidade muito interessante, eu diria, até de introduzir esta
temática no empresariado sergipano”, lembra o proprietário da Infox.
De acordo com Santana, muitos empresários ainda
não se aperceberam da importância de praticar a responsabilidade social. “Sei
que o Fórum pode realmente voltar a dar uma contribuição neste tema. Acho que
seria de muito bom tom que nós pudéssemos reaver esta agenda nesse novo
momento, através de discussões, seminários e outros”, comenta.
Da Assessoria
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