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terça-feira, 4 de junho de 2013

Empresariado sergipano não quer atraso na abertura de novas empresas

Burocracia é, sem dúvida, uma das palavras que mais atrapalha o desenvolvimento do Brasil. Para facilitar a abertura e o fechamento de empresas, nove Juntas Comerciais brasileiras estão com um projeto inovador, intitulado RedeSim. A Rede Nacional para Simplificação de Registro e da Legislação de Empresas e Negócios começou em Minas Gerais, com o Minas Fácil.


O objetivo é agilizar o processo, fornecendo números exatos de onde estão os gargalos na abertura de uma empresa: no órgão liberador de licença ambiental, no Corpo de Bombeiros, na Vigilância Sanitária etc. Naquele Estado, em até oito dias o empresário já tem sua documentação liberada para poder começar a operar sua empresa.

ViniciusMazza e RogerBarros
Segundo o coordenador do Fórum Empresarial de Sergipe, Roger Barros, é desta forma que se pode cobrar ações de modernização destes Órgãos. “É necessário que se crie estrutura, pois a demora no processo de abertura de uma empresa gera dificuldades e custos elevados aos novos empreendedores”, informa. E foi justamente com este objetivo que Barros convidou o presidente da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), Vinicius Mazza, para falar aos empresários que representam o Fórum Empresarial de Sergipe sobre a RedeSim e das atividades da Jucese.

Durante a reunião-almoço do Fórum, realizada ontem(4), o presidente da Jucese garantiu que o sistema irá desburocratizar o processo de abertura de uma empresa e que trará mais agilidade. “Contamos com o apoio dos empresários para esta mudança de paradigma. A metodologia vai mudar com a RedeSim e por isso somos parceiros do Fórum Empresarial de Sergipe. O sistema passa a vigorar agora no mês de junho. Participamos do encontro do Fórum para esclarecer, tirar dúvidas e que assim não seja novidade para ninguém. A Redesim já está sendo testada em algumas empresas sergipanas”, comenta Mazza.

“No passado, a Junta Comercial era vista como um cartório, servindo quase que somente para autenticar livros e liberar o contrato social. Há algum tempo já sabemos de sua importância, a exemplo da implantação ainda neste mês de junho da RedeSim. Penso que o Fórum cumpriu seu papel, aproximando ainda mais as entidades que compõem o desenvolvimento do nosso Estado à Junta Comercial”, destaca Barros.

Responsabilidade Social e Empresarial

No encontro, a nova gestão do Fórum Empresarial de Sergipe começou a reavivar seus trabalhos de responsabilidade social e empresarial. A primeira convidada a falar de suas ações sociais aos representantes do empresariado sergipano foi a educadora Cris Souza, fundadora da Biblioteca Comunitária Viajando na Leitura (BCVL), localizada no bairro 18 do Forte. “Creio que a questão da leitura é uma preocupação para todos nós. Uma criança que lê é uma criança que vai ser um futuro cidadão participativo e que vai, de alguma forma, transformar a nossa sociedade, que tanto precisa de mudanças”, defende a educadora.

No início eram apenas 100 livros e, em menos de um ano já somam 5 mil livros literários, entre literatura brasileira, estrangeira, cordéis, dentre outros. “A campanha para arrecadar livros foi encabeçada na internet. Em seguida augamos um espaço, que era bastante frequentado pelos jovens da comunidade, donas de casa e estudantes de escolas adjacentes. Conseguimos manter durante um ano, mas tivemos que fechar as portas, porque o aluguel aumentou pra R$ 500,00”, revela a educadora.

Na reunião do Fórum Empresarial de Sergipe, Cris Souza mostrou algumas fotos e falou da importância de parceiros para que a biblioteca comunitária não morra. “Ando com diversos livros no porta-malas do meu carro para empréstimo, mas isso não é suficiente. A comunidade estava acostumada ao espaço, que era uma ótima novidade”, lembra.

O empresário Jorge Santana, fundador do Fórum Empresarial de Sergipe, participou do almoço de ontem e resgatou a história da entidade no que tange a área de responsabilidade social e empresarial. “Quando fui coordenador do Fórum chegamos a promover um seminário, cujo tema era ´Responsabilidade Social e Empresarial´. Trouxemos à época um representante do Instituto Ethos, que mobiliza o empresariado sergipano em torno desta agenda. Foi uma oportunidade muito interessante, eu diria, até de introduzir esta temática no empresariado sergipano”, lembra o proprietário da Infox.


De acordo com Santana, muitos empresários ainda não se aperceberam da importância de praticar a responsabilidade social. “Sei que o Fórum pode realmente voltar a dar uma contribuição neste tema. Acho que seria de muito bom tom que nós pudéssemos reaver esta agenda nesse novo momento, através de discussões, seminários e outros”, comenta.

Da Assessoria

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