O defensor geral, Raimundo Veiga, acompanhou o Mutirão |
A Corregedoria Geral da Defensoria
Pública do Estado de Sergipe, por meio do Núcleo da Saúde e Núcleo de Primeiro
Atendimento, realizou na manhã de quarta-feira, 6, um mutirão de atendimento
para ajuizamento de ações relacionadas a questões de saúde, direito de família
e possessórias.
Isabelle Silva Peixoto em entrevista à imprensa |
Segundo a corregedora, Isabelle
Silva Peixoto, o mutirão visa aproximar a população da instituição e evitar
demandas reprimidas no Estado em virtude do número reduzido de defensores
públicos. “Nossa intenção é crescer ações como estas para evitar uma demanda
reprimida decorrente da falta de defensores públicos. Além disso, mutirões
como este são importantes para aproximar o cidadão da instituição”,
disse.
O defensor público Eduardo Cação |
A população contou com uma grande
estrutura composta de 14 defensores públicos, psicólogos e assistentes sociais.
“Disponibilizamos uma equipe para atender e ajuizar dezenas de ações de
cidadãos que não conseguiram resolver o seu problema administrativamente.
Esperamos atender mais de 200 assistidos, que corresponde ao dobro de
atendimentos diários na Central”, ressaltou Isabelle Peixoto.
A assistida Carla Valença |
A dona de casa, Carla Valença, disse
que procurou a Defensoria para conseguir um hormônio de crescimento para o seu
filho Guilherme Valença, de apenas 11 anos. “Fui orientada pela médica do
Centro de Atenção a Saúde de Sergipe (Case) para procurar a Defensoria. A
estatura do meu filho é abaixo da média e se não tomar o hormônio HGH antes da
puberdade, meu filho não vai se desenvolver. O remédio custa em média R$ 8 mil
e ele tem que tomar uma injeção por dia, mas não tenho como arcar com essa
despesa em virtude das minhas condições, por isso vim recorrer a Defensoria.
Tenho fé em Deus e nos defensores públicos”.
Dona Maria Eurides sofre de bursite e precisa de uma cirurgia |
A aposentada de 73 anos do município
de Pacatuba, Maria Eurides da Cunha, ingressou com uma ação para
tentar uma artroscopia no ombro direito. “Tenho bursite e faço tratamento, mas
as dores são tão fortes que sequer consigo levantar os braços. Não tenho
condições de pagar uma cirurgia, por isso procurei um defensor público porque
acredito que a Defensoria irá me ajudar”, se emociona.
A defensora pública Augusta Bezerra |
Mãe aos 16 anos, Wilza Dalva contou
que o pai da criança não paga pensão desde o nascimento do seu filho. “Têm dois
meses que meu filho não recebe um centavo e minha mãe é que me ajuda. Ele
registrou o menino, mas não paga pensão. Estou aqui para exigir os meus direitos
e confio na Defensoria”.
Para o defensor público e integrante
do Núcleo da Saúde, Eduardo Cação, o mutirão é uma forma de solucionar as
questões de uma maneira mais rápida. “O Núcleo engloba todo e qualquer
procedimento relacionado à saúde, enfocado diante de uma negativa de obtenção
junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Neste mutirão, muitos assistidos terão
suas ações ajuizadas com mais celeridade”, destacou. “Solucionamos praticamente
cem por cento dos casos, havendo apenas um ou outro com indeferimento de
liminar”, completou.
Dona Sinedite Maria de Jesus Santos
precisa urgente de uma cadeira de rodas para seu filho, Marcos Vinícius de
Jesus Santos, que sofreu paralisia cerebral aos cinco dias de nascido. “Ganhei
uma cadeira de rodas quando meu menino tinha um ano, mas hoje ele tem 7 e não
está dando mais porque ele cresceu. A fisioterapeuta disse que a cadeira pode
prejudicar a coluna, por isso tenho esperança de que aqui poderei conseguir,
uma vez que recorri a prefeitura de Socorro desde o mês de junho e eles não me
ajudaram até agora”, desabafa.
Serviços – Durante o mutirão a população pode solucionar problemas de usucapião,
pensão alimentícia, inventário, divórcio, reconhecimento de paternidade,
medicamentos, procedimentos cirúrgicos, órteses e próteses, exames, segunda via
de documentos, entre outros.
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