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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Defensoria Pública ingressa com medida cautelar para suspensão da reintegração de posse do Casarão do Centro

Os defensores públicos Alfredo Nikolaus e Miguel Cerqueira 
A Defensoria Publica do Estado de Sergipe, por intermédio dos Núcleos de Bairros e Direitos Humanos, ingressou com medida cautelar incidental, conforme processo nº 201311101739, para suspender a liminar de Reintegração de Posse do casarão do parque, localizado entre as ruas Capela e Propriá, no centro da Capital.


O coordenador do Núcleo de Bairros, defensor público Alfredo Nikolaus, explicou que a Defensoria ingressou com o pedido de revogação da suspensão da liminar porque não foram tomadas todas as precauções necessárias. “São mais de 200 pessoas que estão ocupando o casarão e não tem um local destinado para elas ficarem. Uma reintegração de posse em pleno domingo e às 5h fere a dignidade da pessoa humana”, disse. 

De acordo com o defensor público, em uma análise preliminar verifica-se que a propriedade privada do local não está cumprindo a sua função social. “Há vários anos não há qualquer tipo de moradia, assim como alguma atividade econômica. Estamos aguardando a decisão judicial no sentido de suspender essa reintegração”, acredita.

Para o coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, defensor público Miguel Cerqueira, se a justificativa principal para a reintegração são os riscos que oferecem aos ocupantes do prédio abandonado por seus supostos proprietários há mais de 20 anos, o Poder Público que o interditou, no exercício do seu poder de polícia, deveria ter determinado a sua derrubada ou adotado medidas assecuratórias para não ocupação.  “O que parece inadmissível é que um imóvel que se encontra abandonado há mais de 20 anos e que embora embargado ou interditado pelo poder público,  uma vez que oferece riscos, este mesmo poder público não tenha determinado a derrubada. Por outro lado, é fato que o autor da ação de reintegração de posse jamais teve a posse direta do imóvel”, frisou.

Miguel Cerqueira afirmou, ainda, que de fato é risível que se continue a usar da força policial, do braço armado do Estado para obter a reintegração de posse.  “Parece que certas decisões do Estado Juiz só fazem confirmar que o Estado está apenas  a serviço dos poderosos e, no caso específico, da especulação imobiliária”, finalizou indignado.


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