O número de defensores é menor que o Estado. Foi com esta informação o Defensor Geral do Estado, Raimundo Veiga, fez uma análise da Defensoria Pública do Estado de Sergipe, que segundo ele, está carente de profissionais. Raimundo Veiga foi entrevistado pelo jornalista André Barros no programa Sergipe Notícias da TV Atalaia.
Antes da entrevista, foi exibida uma reportagem com a jornalista Valquíria Miron que mostrou que a maioria das pessoas desconhece o serviço da Defensoria Pública e o papel profissional do Defensor. André Barros comentou essa questão e perguntou como está a Defensoria hoje.
“Temos apenas 89 defensores, 1 em Estância, 1 em Lagarto 3 em Itabaiana, 1 em Propriá, 4 em Socorro e o restante está em Aracaju. É necessário um concurso urgente”, informou o defensor geral do Estado que acrescentou “ Temos 137 juízes e 137 promotores, e o número de promotores deveria ser o mesmo número”.
André Barros comentou então que nas cidades do Interior, quando não há defensor, o juiz nomeia um advogado. O Juiz nomeia e a defensoria paga a conta, ano passado pagamos um milhão e meio para esse tipo de advogado, por isso reforço que é preciso contratar, através de concurso, o mínimo 150 advogados”, informou.
Acesso - Raimundo Veiga informou a André Barros que qualquer cidadão tem acesso ao Defensor, e não existe questão salarial “O que vale é o momento, ou seja, pessoas que estejam atravessando dificuldades financeiras e não têm condições de pagar um advogado e as custas do processo naquele momento, ou seja mesmo que tenha uma renda alta, mas essa pode estar comprometida. Então, a gente observa a necessidade e oferece o serviço”, diz Raimundo Veiga.
O defensor explicou ainda que o trabalho da Defensoria está dívida em especialidades. “Por exemplo, no posto da Defensoria Pública no Ceac só atendemos a casos cíveis, os casos criminais são atendidos no Fórum Gumercindo Bessa e quem tem problemas ligados à defesa do consumidor deve procurar o posto da Defensoria no Shopping Riomar” diz acrescentando que por causa da pouca quantidade de defensores, as filas são muito grandes e a quantidade de processo é enorme. Ano passado foram mais 150 mil processos.
Governador tem boa relação - André Barros perguntou especificamente como está a carreira do Defensor Geral e Raimundo Veiga explicou “Temos mui estrada a percorrer, das carreiras jurídicas nós e quem ganhamos menos. Na Bahia, um defensor que assume agora ganha mais do que nós que estamos em fim de carreira. É uma discriminação com nossa categoria,mas temos paciência, até porque nós mantemos um bom dialogo ao governador e vamos tentar”, finalizou o defensor geral. (Pedro Carregosa).
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