O deputado federal
Rogério Carvalho (PT/SE) está preocupado
com a dívida dos agricultores em todo o país,
particularmente do Nordeste que ultrapassa R$ 14 bilhões, segundo
levantamento apresentado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) na
audiência publica que discutiu, na Câmara, a dívida rural da região.
Só na dívida ativa da União
estão inscritos 85 mil produtores da região, que devem quase R$ 3 bilhões e, em
razão disso, não podem entrar em processos de renegociação. Segundo a técnica
da CNA, Rosimere dos Santos, há 24 anos o governo tenta renegociar a dívida
agrícola do Nordeste com ações “paliativas”, como as que estão sendo tomadas
neste momento.
Mas, bem antes deste seminário,
o deputado sergipano, já estava procurando proviencias, diantes das demandas
apresentadas pelos prefeitos sergipanos. Em contato com o Ministro da
Agricultura, Mendes Ribeiro, no mês de março,
Rogério solicitou a ampliação do crédito para os agricultores que tiveram perdas na safra de grão e também
a recomposição dos rebanhos que têm
sofrido por conta da Seca.
O parlamentar também participou
de uma reunião entre 14 parlamentares do nordeste com os ministros, pedindo
medidas paliativas para a Seca, que foram prontamente atendidas.
Mas, segundo Rogério, é preciso
fazer mais, para tanto ele sugere a criação, pelo Executivo, da Agência Gestora
da Cadeia Produtiva da Agricultura e Pecuária (Agepap).
“O objetivo é fazer a inclusão
social da agricultura familiar pela renda. Isso possibilitará fazer com que
esse segmento seja competitivo e possa cumprir a função social de garantir a
segurança alimentar da população brasileira, fortalecendo o mercado de produção
de alimentos”, explicou.
De acordo com o petista, a
agência teria a atribuição de ser autoridade gestora nos diversos segmentos da
cadeia produtiva de origem animal e vegetal. “Com isso, a autoridade gestora
poderá fomentar o crédito rural, ser proprietária de indústria e distribuir a
riqueza decorrente da produção comercializada”.
Para Carvalho, a proposta é inspirada
na atuação bem-sucedida do governo Lula e que vem sendo seguida pelo governo
Dilma, vinculando o desenvolvimento econômico ao social. “E o resultado disso
tem se traduzido no mais extraordinário avanço em termos de restabelecimento da
autoestima do povo brasileiro, além de trazer uma nova projeção ao Brasil no
cenário internacional”, frisou.
Por Pedro Carregosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem aqui!