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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sergipe ganha destaque no “rol da vergonha”

Diante de tanta miséria, os noticiários de mortes de crianças que são arrastadas pelas enchentes por falta de saneamento básico têm ganhado destaque na imprensa local e nacional. Isso só demonstra que Sergipe vem aplicando muito bem o dinheiro do PAC.
Nos últimos meses, presenciamos a morte de uma criança de 8 anos que estava brincando à beira de um córrego (canal) no Conjunto Almirante Tamandaré e acabou sendo arrastada pela correnteza num período de chuva. Recentemente, a vítima foi mais uma criança, desta vez de apenas dois anos de vida. Perguntamos de quem é a culpa. Dos governantes que não oferecem estrutura e um saneamento básico digno de uma arrecadação milionária de impostos? Ou dos pais que não se atentaram aos perigos e não tomaram conta dos seus filhos?
Às vezes nos ocupamos por coisas banais e esquecemos que milhões de crianças vivem sobre condições desumanas. O estado deplorável de moradia representa um cartão postal da vergonha e do esquecimento. Será que, se essas crianças tivessem melhores condições de vida, não estariam vivas hoje? E porque só os pobres morrem em desastres como esses? A resposta é lógica: Lá não moram ricos e sim sofredores que sonham e esperam por ações dos governos, que infelizmente nunca chegam.
O mais lamentável disso tudo é que, mesmo depois dessas mortes, nem mesmo os governos estadual e municipal tomaram providências para evitar que mais crianças continuem pagando pelos erros dos adultos.
Ao assistir uma entrevista do Presidente da Emsurb na TV Sergipe, onde o mesmo informou que nada pode fazer no momento, sem previsão de resolver o problema desses “inocentes sofredores”, fiquei indignada e ao mesmo tempo assustada com as respostas. Segundo essa “autoridade”, as ações não podem ser feitas porque podem criar problemas sociais com os moradores ao ter que tirá-los dos locais. Mas será que esses moradores trocariam um imóvel, mesmo alugado por período curto num local adequado e humano, para continuar na miséria? Nada que uma boa conversa não possa resolver. O que falta mesmo é interesse por parte dos governantes e o resto é “balela”.
Cadê as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que nunca chegam? Parece mais uma promessa virtual do que um programa social. Enquanto elas não chegam, aquele que precisa e necessita de ajuda amarga a dor da perda de um ente querido. É o nosso Estado ganhando destaque no “rol da vergonha”.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Kennel Clube de Sergipe pode fechar as portas

O Kennel Clube de Sergipe, fundado em 28 de novembro de 1986, corre o risco de acabar. O Clube é responsável pelo registro de animais (pedigree) e pela realização de eventos com cães de raça como feiras, exposições, workshops e outras.

A situação é crítica e o Clube encontra-se atolado em dívidas. Um criador de cão, ex-sócio do Clube, disse que existem desvios de verbas e que muitos sócios já saíram em virtude da desorganização e dos escândalos que envolvem alguns dirigentes. “Em 2005 o Clube tinha uma diretoria competente. Na época o clube teve um avanço de mais de 40% ao ano e não existiam dívidas, além de estar em dia com a CBKC. Eram realizados vários eventos e o Kennel era bem divulgado. Os sócios eram respeitados e os pedigrees eram entregues no prazo. O que presenciamos hoje no Clube é uma falta de respeito, uma vergonha para o nosso Estado”, desabafou o ex-sócio que preferiu não se identificar.

O ex-presidente Ricardo Resende, que assumiu o Clube em 2005, disse que renunciou ao cargo em 2007 por não concordar com os posicionamentos de alguns sócios. “Deixei o Kennel sem dívidas e em dia com as obrigações. Quem assumiu na época foi o meu vice Ramiro Duarte e de lá pra cá não me envolvi mais com o Clube”, declarou Ricardo.

A situação do Kennel se resume em dívidas e processo de cobrança de pedigrees. “Existem comentários de que o Clube deve mais de 100 pedigrees e a dívida com processos trabalhistas e outros chega em torno de R$ 30 mil, além de cheques sem fundos e taxas da CBKC”, declarou um dos sócios.

Segundo informações de sócios, na gestão de Ricardo Resende, o Kannel possuía site, realizava feiras de filhotes, exposições e estava em dia com os registros de pedigrees, mas a situação atual não vem agradando muitos que decidiram procurar clubes em outros estados. “Hoje o que presenciamos é um descaso, verdadeiro abandono do Clube, por isso muitos estão deixando para ir para outros clubes mais organizados”, reclamou.

Conforme dados de um dos sócios, em 2004 o Kennel registrou 225 pedigrees. Em 2005, na administração do ex-presidente Ricardo Resende, houve um crescimento de 40%, totalizando 346 pedigrees. Já em 2008, o índice foi de apenas 188 (de abril a dezembro) pedigrees, que somados aos 180 (de janeiro a março) deixados pela administração de Ricardo Resende, totaliza em 368, e vergonhosamente o Kennel apenas registrou 188 pedigrees em 2008, uma queda assombrosa. “Muitos sócios já estão migrando para clubes em outros estados. Eles não têm esperança de que o Clube sairá dessa situação tão cedo e já prevêem a falência” finalizou o ex- sócio.

CUT repudia fim do diploma de jornalista e faz alerta

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) aprovou moção de repúdio à decisão do Supremo Tribunal Federal que extinguiu a obrigatoriedade da formação universitária para o acesso à profissão de jornalista, na tarde de ontem (17/07). A Central declarou sua adesão à "luta em defesa do diploma de jornalista para garantir os critérios de responsabilidade social dessa importante profissão". E alertou que a decisão do STF diz respeito a todos os trabalhadores.
A CUT argumenta que sua ação desregulamentadora ameaça outras categorias, leva à precarização das relações do trabalho e também atinge os movimentos sociais, já tão criminalizados pela mídia.
Para a Central, a decisão do STF, na verdade, "privatiza a liberdade de expressão e de informação no Brasil". A moção foi aprovada ao final do 5º Encontro Nacional de Comunicação (ENACOM) da CUT, que reuniu sindicalistas de todo o país em São Paulo, de quarta-feira, dia 15, até esta sexta, dia 17.