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quarta-feira, 25 de maio de 2011

“O problema da segurança pública não está nas polícias, está na gestão pública"

O presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados, deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE), indicou um grupo de trabalho, com a finalidade de buscar em todos os Estados brasileiros informações relacionadas à carga horária semanal dos operadores da segurança pública. 

Além da carga horária semanal, o grupo irá pedir aos representantes das diversas categorias informações sobre o efetivo, os índices de violência, o número de licenças médicas e suicídios, bem sobre a remuneração e as gratificações dos policiais, bombeiros e guardas municipais.

“Talvez essa Comissão não tenha as soluções por que nós não constituímos o Poder Executivo, mas temos o dever e a obrigação como representantes do povo, de publicar esses dados por que a sociedade brasileira não tem conhecimento sobre esses fatos”, afirmou Mendonça Prado.

Sob a coordenação dos deputados delegado Waldir e José Augusto Maia, o grupo de trabalho dará prosseguimento ao debate iniciado na Audiência Pública realizada nesta terça-feira (24), objeto dos Projetos de Lei nº 5.799/09 e 6.399/09, que tratam da duração normal da jornada de trabalho com um limite de seis horas diárias ou trinta horas semanais.

“Confesso-lhes que estou estarrecido com as informações que recebi de todas as polícias. Chego à conclusão que o Brasil é um país sem planejamento que faz segurança pública de brincadeira”, afirmou Mendonça Prado durante a Audiência Pública.

O parlamentar sergipano ficou assustado ao observar que a Polícia Federal possui em seu efetivo apenas 15 mil homens, e a Polícia Rodoviária Federal conta com apenas 9 mil para dar cobertura a todas as regiões e rodovias num país de dimensões continentais gigantescas.

“O problema não está nas polícias, o problema está na gestão pública. Se falta vontade política, vamos iniciar por aqui, mostrando a vontade dos integrantes desta Comissão em corrigir as graves distorções existentes no setor de segurança pública do Brasil. Nós cobramos a vida inteira dos trabalhadores de segurança mais segurança, mas é preciso que a sociedade compreenda que o que falta mesmo é vontade política”, afirmou o presidente da CSPCCO.

Mendonça Prado relembrou que a união arrecada 64% de todos os tributos que são pagos pela sociedade brasileira. “Não podemos por hipótese alguma deixar a responsabilidade da segurança pública sendo exclusiva dos Estados brasileiros. Defendo que esta responsabilidade seja compartilhada entre Estados e União, independente de partido político. Todos nós temos essa responsabilidade”, finalizou. (Da Assessoria - Izys Moreira).

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