A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por intermédio da defensora pública do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), Emília Corrêa, vai atuar no Tribunal do Júri no dia 28, a partir das 9 horas, no Fórum Gumersindo Bessa, como assistente de acusação em favor de Sandra Costa Ferreira, vítima de tentativa de homicídio cometida pelo ex-marido, Marcos Vieira dos Santos.
Para a defensora pública Emília Corrêa, o papel da Defensoria é assistir não só o réu, como também a vítima que não possui condições de arcar com os honorários de um advogado. "Nosso trabalho é focar o direito do réu e o direito que possui a vítima de ser assistida. É o cumprimento dos princípios constitucionais para se alcançar a plenitude de defesa", disse
Ainda, segundo Emília Corrêa, o Núcleo de Defesa da Mulher foi criado pela Defensoria Pública para acompanhar e prestar assistência jurídica às vítimas de violência. "Fazemos esse acompanhamento também através do Tribunal do Juri. Há treze anos desempenho a função de defesa dos réus e terei pela primeira vez nesse julgamento a atribuição constitucional de prestar assistência à vítima de violência", ressaltou.
Além da defensora pública Emília Corrêa, participarão do Tribunal do Júri o juiz Rafael Reis, o promotor de justiça Emerson Oliveira e o advogado de defesa, Saulo Eloy.
Relembre o caso – Sandra Costa foi casada com o marceneiro Marcos Vieira durante três anos e meio. Em decorrência dos maus tratos que culminaram em violência física e moral, a cobradora de empresa de ônibus decidiu se separar. Após nove meses de separados, Marcos não se conformou com o término do relacionamento e no dia 06 de abril de 2010 decidiu atentar contra a vida da ex-mulher, desferindo cinco golpes de arma branca (faca peixeira) atingindo várias partes do corpo. Sandra ainda conseguiu fugir com a intervenção de populares e Marcos tentou suicídio logo após o atentado. Sandra passou por várias cirurgias e hoje depende de medicamentos controlados e de acompanhamento psicológico.
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