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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cohidro lança cartilhas sobre uso de agrotóxicos e métodos alternativos de controle de pragas e doenças

Gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Cohidro, Sônia Loureiro e Gestora do Sebrae, Adriana Cunha Vaz
Historicamente, os produtores utilizam agrotóxicos no controle de pragas e doenças em suas culturas, sem observar, no entanto, as recomendações de segurança no preparo e uso dessas substâncias. Tal comportamento representa um risco à saúde do agricultor e de sua família, bem como dos consumidores em geral.

Atenta a essas questões, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) realiza um intensivo trabalho de orientação e assistência técnica visando à conscientização sobre o uso do agrotóxico entre os produtores dos perímetros irrigados. Agora, a empresa dá um importante passo ao lançar duas cartilhas educativas em parceria com o Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social.

Intitulada “Racionalização do Uso de Agrotóxicos – Controle de Pragas e Doenças em Hortaliças Irrigadas”, uma das cartilhas foi produzida pelo engenheiro agrônomo Remi Bastos, responsável pela área de fitossanidade da Cohidro. O especialista desenvolveu um material com 120 páginas ilustradas que trazem informações sobre as principais pragas e doenças que afetam hortaliças como alface, a cebola, o pimentão, o quiabo e o tomate.

O livreto, que teve 1.000 exemplares impressos com o apoio do Sebrae, também revela quais os agrotóxicos indicados para os diferentes tratamentos, o nível de toxidade dessas substâncias, a dosagem necessária para o combate e o tempo mínimo para fazer a colheita após a aplicação do produto.

“Nos perímetros irrigados da Cohidro, a ocorrência de insetos, pragas e patógenos nas hortaliças tornou-se um desafio constante para os técnicos e produtores. Com esta cartilha, a ideia é atender a engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e agricultores familiares no que diz respeito ao uso racional e consciente do agrotóxico de classe toxicológica mediana e pouco tóxica ao homem, com o objetivo de melhorar a produtividade e a qualidade dos cultivos explorados”, observa Remi Bastos.

Métodos alternativos de controle

Principal incentivadora do cultivo orgânico, a gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Cohidro, Sônia Loureiro, produziu o material intitulado “Produtos Alternativos Para o Controle de Pragas e Doenças na Agricultura”. No livreto, totalmente ilustrado, a engenheira agrônoma propõe métodos sustentáveis de tratamento como receitas caseiras de produtos naturais, compostagem orgânica, cobertura morta e adubação verde.

Com tiragem inicial de 1.000 exemplares, através da parceria com o Sebrae, o BNDES e a FBB, a cartilha tende a estimular a produção orgânica nos perímetros irrigados. “Quando uma praga ataca uma planta ou plantação como um todo, isso indica que houve erro nos métodos de cultivo. O uso de agrotóxicos nem sempre é a forma mais indicada para controlar pragas e doenças, principalmente em pequenas áreas como é o caso dos nossos perímetros públicos. Portanto, é urgente a introdução de modos de produção sustentáveis para que o solo continue produzindo ao longo dos anos”, alerta Loureiro.

Parcerias
O Sebrae, parceiro da Cohidro neste e em outros projetos, vai utilizar a cartilhas de produtos alternativos na capacitação dos agricultores beneficiados com a tecnologia social PAIS – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável. No ano passado, foram instalados 100 kits dos programas nos perímetros irrigados administrados pela Companhia, totalizando um investimento de R$ 500 mil.

“Já estávamos pensando em criar um material como este para utilizar nas capacitações do PAIS. Como a nossa parceira Cohidro já havia elaborado esse projeto, coube ao Sebrae a disponibilização dos recursos oriundos da fundação BB e BNDES para a impressão deste material informativo. A cartilha vai funcionar como uma ferramenta de fortalecimento do PAIS, mostrando que a agricultura orgânica é perfeitamente viável”, destaca a gestora do Sebrae, Adriana Cunha Vaz.

Para Sônia Loureiro, a impressão das cartilhas representa uma importante conquista. “É com muita alegria que terminamos um ano e iniciamos outro ainda mais promissor, pois nosso sonho se concretiza com a entrega dessas cartilhas aos agricultores orgânicos por nós assistidos. Havia uma cobrança muito grande dos agricultores por um material educativo para ser utilizado por eles no dia a dia. Muitos desistiram por falta dessas informações. Agradeço aos parceiros por contribuírem na realização deste projeto”, declara a agrônoma.

De acordo com Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, há a expectativa pela impressão mais 2.000 livretos por meio de uma parceria com o Ministério Público do Trabalho e do Detran. “Com este trabalho, buscamos conscientizar os irrigantes sobre os perigos causados pelo uso abusivo de agrotóxicos, apresentando, também, alternativas que possam expandir a agricultura orgânica em nosso Estado. Contamos com os parceiros para dar continuidade a este trabalho”, ressalta.

O presidente destaca as atividades do programa de Racionalização do Uso de Agrotóxicos e Introdução à Agroecologia promovidas pela Cohidro. Entre os resultados dessas ações, foi constatada a redução do uso de substâncias com maior nível toxicológico nos perímetros irrigados, de 32% para 27%, entre 2009 e 2010. O saldo mostra claramente a mudança de pensamento do trabalhador rural assistido pela Companhia.

“Com essas medidas nós almejamos reduzir os índices de contaminação por agrotóxicos, levar produtos de qualidade e com maior valor nutritivo à mesa dos sergipanos, aumentar a produtividade, recuperar os solos agrícolas com a introdução de métodos alternativos, e, sobretudo, garantir qualidade de vida aos produtores e consumidores. É a sensação do dever cumprido ver estas cartilhas contendo receitas de fácil elaboração, nas mãos dos nossos agricultores, e isso só foi possível graças a parceria que a Cohidro formalizou com o Sebrae. Agradeço ao diretor de Irrigação, João Quintiliano, pelo empenho e por não medir esforços para realizar esse projeto”, reconhece o presidente.

Por Gleice Queiroz (Ascom Cohidro)

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