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domingo, 12 de junho de 2011

No cabaré, Edvaldo se diz preparado para passar 2 anos sem mandato

"Há 10 anos estou me preparando para passar dois anos sem mandato", confessou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), ao ser questionado se é adepto da tese do radialista Gilmar Carvalho ou do colunista Diógenes Brayner, ao especularem possibilidades de pré-candidaturas do comunista nas eleições de 2014. A revelação foi feita, durante a sabatina da 25ª edição do NosnoCabaré.comConvidados, na noite da quinta-feira (09).


"É uma temeridade antecipar a disputa de 2014. Sou adepto do Eclesiastes (Antigo Testamento). Tudo tem o seu tempo. Sempre desejei ser prefeito de Aracaju e esperei 20 anos para ser", criticou.

Apesar da reprimenda, dizendo pretender passar dois anos sem cargo eletivo e com a finalização do mandato de prefeito em 31 de dezembro de 2012, Edvaldo também já admite que também estará na disputa eleitoral de 2014. "Sei que, em 2014, serei candidato. Mas, ainda não sei a que!". 

Edvaldo 2014 - Nas avaliações de Gilmar Carvalho, Edvaldo articula com o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) um acordo político para ascender à Câmara Federal em 2014. Em troca, apoiaria uma suposta candidatura do deputado federal Valadares Filho (PSB) à PMA já agora em 2012. Nos comentários de Brayner, Nogueira camufla o discurso, preservando-se para suceder o governador Marcelo Déda no Palácio Adélia Franco. Nogueira preferiu desconversar sobre as duas possibilidades. "Já combinaram com o povo? Já conversaram com os aliados? E com os adversários?", desviou, limitando-se a dizer que "torce para que Déda seja o melhor governador da história de Sergipe".

Sobre o suposto acordo com o senador Valadares visando as eleições de 2012 e 2014, Edvaldo foi irônico. "Não me sinto tão genial para criar uma tese dessas. Eu não penso além de 2012. Tem gente com vocação para figurar naquela novela: O Astro".

União política -Pela segunda vez no Cabaré de 5ª, Edvaldo se esforça para reafirmar sua "união política" com o governador Marcelo Déda. "Somos parceiros de uma causa", insiste, alegando que a tese de um racha entre os dois se configuraria "numa tentativa da oposição de criar possibilidades políticas em Aracaju", alfineta, acrescentando "ter esperanças de que esta vontade não irá se concretizar".   

Por Aracaju - O prefeito de Aracaju também assegura que o relacionamento estreito que tem demonstrado publicamente com o deputado federal Almeida Lima (PMDB) é fruto de entendimentos administrativos que beneficiam a cidade. Ele lembra que o parlamentar tem conseguido liberar recursos financeiros oriundos de emendas parlamentares junto aos ministérios para garantir obras de infraestrutura urbana.

"Irei atrás de todos os deputados federais que queiram ajudar Aracaju", justificou, declarando que até abril de 2012 estará focado nas metas da administração municipal. "Quero fazer mais e melhor por Aracaju. Na hora da política, vou me posicionar e trabalhar. Por enquanto, não estou discutindo sobre candidatura com nenhum partido, nem com ninguém. Minhas conversas com José Almeida não têm nada a ver com política... ainda", admitiu. Na avaliação do prefeito, Almeida é um aliado político do grupo de Déda, uma vez que integrou a coligação eleitoral em 2010.

Candidaturas - Edvaldo Nogueira também diz considerar legítimo o interesse dos partidos na apresentação de candidaturas próprias; reconhece viver um momento de contradição, já que o PCdoB também pleiteia ter candidato à PMA, mas defende candidatura única entre os partidos aliados. "Tenho que reconhecer que o que mais me ajudou na minha reeleição foi ter conseguido juntar 14 partidos em torno da minha candidatura", lembrou.

Ele entende que todos os partidos terão direito de apresentar candidaturas, mas a decisão final recairá sobre o nome (candidato) que apresentar maior condição de dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo grupo político em Aracaju. "Espero que a gente encontre um candidato para o grupo sair unido. Mas, posso assegurar que não vou ficar em cima do muro na sucessão de 2012", avisou. (Por Eliz Moura).    

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