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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Crianças e idosos desalojados vivem em condições desumanas

Cerca de 80 pessoas que estão ocupando as dependências da Prefeitura Municipal de Aracaju vivem sob condições desumanas. Alguns idosos e crianças dormem em papelões e dependem da solidariedade das pessoas para beberem água, tomar banho e fazer as necessidades fisiológicas.
 

Segundo Ivaneide Menezes dos Santos, algumas pessoas cedem água, alimentos, lençóis e roupas, mas não são suficientes para as necessidades das crianças e dos idosos. "Vivemos como animais abandonados, sem falar do medo  que atormenta todos aqui. A gente não pode vacilar, senão os guardas municipais tomam nossos colchões e cobertores, como já fizeram para forçar a nossa retirada do local. Não temos para onde ir e não sabemos até quando iremos viver desse jeito", se emociona.

Muitas pessoas, segundo Alessandra Oliveira Santos, só estão sobrevivendo porque pedem nas portas. "Não temos alternativa a não ser pedir ajuda das pessoas. Nossas crianças estão sem estudar, algumas estão doentes em virtude das chuvas, pois o plástico não protege a gente, sem falar que temos que usar a água e banheiro do cemitério, pois a prefeitura proibiu a gente de pegar água e usar o banheiro", indigna-se.

Maria Rosalina Sacramento Silva denunciou a truculência da Polícia Militar. "Quando estávamos ocupando o Colégio André Mesquita Medeiros, os policiais chegaram para despejar todos com agressividade - xingando as mulheres, usando spray de pimenta e choque nos adultos e crianças. Uma senhora desmaiou após se deparar com uma arma na cabeça e uma criança vomitou após ter levado um choque. Foi uma cena triste e dolorosa", se emociona.

Ainda, segundo Alessandra Oliveira Santos, durante a desocupação realizada pela Rádio Patrulha, que estava acompanhada da assistente social Mônica, foi feito o cadastro de cada morador. “Eles não deixaram nem a gente tirar o resto das nossas coisas, onde perdemos Tv, geladeira, cama, entre outros aparelhos domésticos. Em seguida nos deram esse protocolo, mas até agora não falaram mais nada. Então para que serve isso? Não temos para onde ir e eles não fazem nada”, revolta-se.

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