O câncer é o resultado de uma série de alterações nos genes que controlam o crescimento e o comportamento celular. Assim como a doença, a vida de um paciente com câncer também é mudada, onde o doente se vê mergulhado num mundo que não escolheu, enfrentando um momento que não desejou. Por causa dessa mudança repentina, muitos pacientes ficam debilitados psicologicamente. Durante a visita da caravana ‘Unidos pela Vida' na manhã deste sábado, 14, na feira do Bairro Santo Antônio, algumas pessoas contaram como as suas vidas mudaram após o diagnostico da doença em seus familiares e solicitaram um setor de psicologia no Hospital do Câncer.
O balconista Airton Faustino informa que assim que a sua irmã descobriu um tumor em uma das mamas passou a trabalhar em outro turno para ajuda-la durante o tratamento. "Tive que mudar o meu horário de trabalho para levar a minha irmã no hospital pra fazer as consultas e depois tomar conta dela em casa. Minha mãe já é de idade e não tem mais disposição para fazer essas coisas. Todo dia a gente tem que se segurar para não ficar doente também, porque essas coisas deixam a gente debilitado", expõe.
A estudante de publicidade Graciela Santana teve toda a sua rotina mudada após a mãe descobrir que tinha câncer de útero. Ela conta que por causa do tratamento a sua mãe ficou com depressão, o que facilitou o avanço da doença. Para a estudante, todo paciente deveria ter um acompanhamento psicológico, pois apenas o apoio familiar não é suficiente. "Se a minha mãe tivesse um psicólogo para acompanha-la não passaríamos por isso. Por mais que ela tenha todo o apoio do pessoal de lá de casa, às vezes a gente não sabe o que dizer a ela, e aí todo mundo fica mal", fala.
Graciela acredita que com um Hospital do Câncer em Sergipe o paciente também tratará da mente. "Onde minha mãe faz o tratamento ela é muito bem cuidada pelos médicos, enfermeiras, mas ainda falta o profissional para ajudar a cuidar da ‘cabeça'. Deus vai ajudar a trazer esse hospital para cá e com certeza, lá todo mundo vai ter o tratamento tanto para a mente, quanto para o corpo", afirma.
O atendimento psicológico ao paciente é um serviço comum na maioria dos hospitais especializados. No Hospital do Câncer de Uberlândia (MG), os pacientes com câncer e seus familiares contam com o serviço de psicologia no Complexo Hospitalar - Ambulatorial (quimioterapia e radioterapia), internação no Hospital Geral (enfermarias de medicina interna e cirúrgicas) e no Pronto Socorro do HC. Todo esse trabalho é feito através do atendimento psicoterápico grupal ou individual e, se necessário, o psicólogo faz visitas domiciliares. (Da Assessoria).
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