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sábado, 17 de março de 2012

Núcleo de Bairros apura irregularidades e deficiências na Unidade de Saúde do Aloque

Atendendo ao pedido de moradores do Povoado Aloque, o defensor do Núcleo de Bairros da Defensoria Pública do Estado, Alfredo Carlos Nikolaus, realizou uma inspeção na tarde do último dia 13, no Posto de Saúde do Povoado da localidade para apurar algumas irregularidades e deficiências.

Durante a inspeção, o defensor público se mostrou indignado com a falta de estrutura para atender aos pacientes. Entre os problemas encontrados estão a carência de médicos especialistas, enfermeiros, condições precárias do prédio e sala para exame ginecológico desativada.

Segundo a dona de casa Marileide Santos Nunes, a população só conta com médico duas vezes na semana somente pela manhã para procedimentos simples.“Aqui não tem ginecologista, dentista ou outro especialista. Quando precisamos consultar outros profissionais temos que se deslocar para clínicas no Bairro Siqueira Campos. Como a médica só atende na segunda e quinta-feira, muita gente fica sem atendimento e acaba adiando a consulta”, denunciou.

O “mini” Posto de Saúde atende 126 famílias, no total de 438 pessoas, sem oferecer nenhuma estrutura. “Verificamos que a sala onde era feito o exame ginecológico está tomada por fungos, não há saída de emergência e só há um banheiro que é utilizado por pacientes e funcionários, sem falar que o posto só dispõe de duas salas para atendimento e uma para administração que funciona também como mini copa e farmácia. Há carência também de profissionais como médico e enfermeiros em todos os dias da semana para suprir à demanda”,apontou o defensor público, Alfredo Nikolaus.

Durante a inspeção, os moradores aproveitaram a presença do defensor público para reforçar a denúncia com a falta de escolas e saneamento básico.“Estamos abandonados sem saúde, sem escola, sem creches, quadra de esporte e  praça para as crianças, além de ruas sem calçamento e saneamento básico. Os nossos filhos têm que se deslocar para estudar nas escolas do Sol Nascente e de outros povoados. Como aqui não tem Creche, mandamos os pequenos juntos com os outros, mas quando não tem aula para os maiores temos que levá-los, uma vez que o transporte não vem pegar”, indigna-se a dona de casa Ivaneide Maciel.

Alfredo Nikolaus disse que a Defensoria Pública vai adotar as providências para que a população tenha o mínimo de dignidade. “Enviamos um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde no dia 13 de Fevereiro solicitando informação a cerca da situação da Unidade, mas até a presente data não houve resposta. Diante da situação precária e se o quadro atual permanecer, a Defensoria Pública adotará a medidas jurídicas cabíveis para preservar os interesses da população que reside na comunidade do aloque”, assegurou.

Ainda, segundo Alfredo Nikolaus, a instituição já instaurou procedimento para verificar a situação da Unidade de Saúde. “Entendemos que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, não pode a população passar por uma situação tão vexatória, haja vista que a saúde compreende um direito fundamental do cidadão. No que concernem as outras reivindicações, estamos também atuando na preservação do direito à moradia digna, com levantamento do número de habitações que necessitam ser regularizadas, através de ações de usucapião. Quanto ao saneamento básico, estamos realizando um levantamento da área para verificar as necessidades”, adiantou.

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